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Região Saloia pretende ver reforçada a capacidade das comunidades para implementar a sua Estratégia de Desenvolvimento Local
No dia 10 de dezembro, decorreu, em Mafra, a conferência “Projetos à Mostra – Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC) na Região Saloia”, organizada pela A2S – Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia, que teve como objetivo dar a conhecer o estado de execução das Estratégias de Desenvolvimento Local da região saloia e que contou com a participação da Sra. Secretária de Estado da Valorização do Interior, Prof.ª Isabel Ferreira.
Joaquim Sardinha, Presidente da A2S, referiu que “estamos a aproximar-nos a passos largos do final do atual período de programação e, após um longo e sinuoso caminho, chegamos ao fim de 2019 com uma avaliação intermédia positiva e com projetos implementados e executados que merecem ser divulgados e valorizados” e que “mesmo com todas as adversidades, as comunidades são capazes de implementar projetos de qualidade e de proximidade, diferenciadores e que geram riqueza para os territórios.” Acrescentou ainda que “os GAL têm a capacidade de decidir os projetos que melhor satisfazem as necessidades especificas do território, e não devem ser meras delegações da administração”.
Os GAL têm a capacidade de decidir os projetos que melhor satisfazem as necessidades especificas do território, e não devem ser meras delegações da administração.
Por seu turno, António Pombinho, fez um balanço da implementação das Estratégias Rural e Costeira, na região saloia. Apresentou dados relativos à execução, salientando a boa performance dos GAL rural e costeiro geridos pela A2S, o que motivou inclusivamente à atribuição de dotação extra. Porém, salientou que “a avaliação que fazemos é que o DLBC é um instrumento complexo, inflexível e pouco adequado às necessidades dos territórios revelando um claro afastamento dos princípios LEADER”. De acordo com o Vice-Presidente da A2S, o Estado Português de criou medidas iguais para o todo o território de continente, impossibilitando que os GAL adotem aquelas que melhor se adequam aos seus territórios. Centros de competências transversais, eventos de promoção de produtos locais, cozinhas industriais em centros sociais, recuperação de equipamentos culturais, preservação de plantas autóctones, refuncionalização de património para projetos de associativismo, projetos na área social, capacitação de atores locais, mecanismos de apoio a empreendedorismo de risco, projetos de adaptação a alterações climáticas, são alguns exemplos de projetos que, na ótica daquele responsável, embora caibam na Estratégia de Desenvolvimento Local e façam todo o sentido para o território, não podem ser alvo de apoio, devido à regulamentação imposta.

A avaliação que fazemos é que o DLBC é um instrumento complexo, inflexível e pouco adequado às necessidades dos territórios revelando um claro afastamento dos princípios LEADER
Na conferência foram apresentados projetos financiados no âmbito dos apoios disponíveis e evidenciados casos de boas práticas, procurando refletir e debater as oportunidades e os desafios relacionados com a abordagem DLBC na região saloia, tendo participado: Ivo Silva, dos Morangos do Ivo; Luísa Almeida, da Quinta do Arneiro; Mafalda Lourenço, da Hortisopa; Bruno Cavaleiro, da Surface Plan; Pedro Pereira, da Stork; José Diogo, da A2S; Nélson Miranda, da Five and Half; João Batista, do Cerrado da Serra; Rui Palma, da Palmayachts; Ilda Nunes, da Património do Tempo; Telma Grave, dos Moínhos do Magoito; Sandra Ramalho e Yohann Almeida, da READAPT.

No painel intitulado: “A implementação do DLBC na perspetiva da Gestão”, participaram as autoridades de Gestão e os organismos pagadores envolvidos na implementação do DLBC na região saloia: António Dieb, da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, Teresa Almeida, Gestora do POR Lisboa2020, Pedro Ribeiro, Presidente do IFAP, Manuela Azevedo e Silva, Gestora Adjunta do PDR2020, Carla Antunes, Coordenadora do PO Mar2020 e Luís Chaves, Coordenador da Federação Minha Terra, apresentando os seus pontos de vista e as vantagens e contrariedades deste tipo de abordagem e perspetivando o futuro no período de programação 2020-2030.

Por fim, a Secretária de Estado da Valorização do Interior saudou a A2S pela realização da iniciativa, salientando que se trata de “um exemplo do trabalho em rede”, referiu ainda que o Ministério da Coesão Territorial pretende fazer um acompanhamento constante do trabalho desenvolvido bem como o estabelecer uma relação de proximidade e confiança.
